Licurgo da Silva Tadeu Neto, filho de Rubem da Silva Tadeu e de Maria de Lourdes Vieira Tadeu, nasceu em Salvador, Bahia, em 15 de abril de 1949. Estudou no Colégio Estadual João Florêncio Gomes e fez um curso técnico em contabilidade, na Fundação Visconde de Cairu. Em 1975, entrou para a faculdade de Administração de Empresas, na Escola de Administração de Empresas da Bahia. Licurgo não chegou a terminar seu curso, tendo chegado ao terceiro ano da faculdade.
Ele precisava trabalhar de dia, e não havia possibilidade, na época, de fazer a faculdade à noite. Ainda na adolescência, na escola, Licurgo se destacava nas atividades artísticas, desenhando as capas dos cadernos de férias de seus colegas. Autodidata, nunca fez nenhum curso de pintura enquanto morava na Bahia, tendo iniciado sua carreira por puro talento, vocação e sensibilidade artística.
Suas obras foram exibidas pela primeira vez em 1973, numa exposição coletiva. Licurgo não teve patrocínio de ninguém, contando apenas com seus próprios recursos e o apoio da família, sempre presente em suas exposições. Aos 20 anos, pintou o seu primeiro quadro, “ O Forte de Santa Maria “, em Salvador. Este quadro foi mandado para São Paulo, presenteando sua prima Maria José Miranda Rego, que ele considerava “ uma de suas grandes incentivadoras “, desde o início de sua carreira.
Em junho de 1982, foi contratado pela Siemens S/A, no cargo de Auxiliar Administrativo ( função que exerceu na empresa até setembro de 1995 ). O sonho de Licurgo era morar no Rio de Janeiro, porque achava a cidade bela, glamourosa, alegre, cativante. Licurgo queria ser famoso, queria expor seus quadros em grandes galerias, do Rio, do Brasil e do mundo. Em uma de suas vindas ao Rio de Janeiro, em dezembro de 1984, para visitar sua prima Zezé ( Maria José ), ele conheceu Débora Aromatis Machado, namorada do filho de sua prima, Emanoel. Logo ficaram amigos, e ela o hospedou em sua casa, em Copacabana, para que passasse alguns dias de férias e aproveitasse as belezas que a cidade maravilhosa poderia lhe proporcionar.
Débora, sobrinha do famoso artista plástico Edy Gomes Carôllo, apresentou-lhe então seus pais, Jandyr Fontoura Machado e Yolanda Aromatis Machado. Eles simpatizaram muito com Licurgo, e com seu entusiasmo em desenvolver sua arte. Prometeram que iriam ajudá-lo no que fosse possível, pois além de amantes da arte, eram pessoas extremamente generosas. Eles tinham planos de apresentá-lo a quem consideravam “ o mestre Carôllo “, para que este, pudesse impulsionar sua carreira. Em Janeiro de 1985, menos de um mês depois deste encontro, Jandyr Fontoura Machado veio a falecer prematuramente, aos 51 anos de idade.
Licurgo, consternado com a dor da família, escrevia e telefonava regularmente, para dar apoio à sua esposa e filha. Os meses foram passando, e Yolanda disse que iria ajudá-lo conforme havia prometido, pois também era um desejo de seu marido poder realizar o sonho deste artista de carreira tão promissora. E assim o fez. Destino, livre arbítrio ou mera casualidade? Talvez de tudo um pouco.
Aliada ao seu empenho em trazer para o Rio este jovem talento, Yolanda, mesmo com seu luto e sua tristeza constantes, nunca esquecera do amigo. Um dia, em visita à Maria José, prima de Licurgo, que morava em Botafogo ( aonde reside até hoje ), Yolanda sentiu-se mal, e amparou-se na porta do elevador do seu prédio. Uma moça muito simpática, chamada Marilene, ofereceu-lhe ajuda, convidando-a a subir em seu apartamento, naquele mesmo prédio, para que tomasse um copo d’água. Ela subiu, e, depois que sentiu-se melhor, conversou com a moça. Em meio a muitos assuntos, Marilene lhe deu seu telefone, e disse que Yolanda a procurasse se precisasse de qualquer coisa. Algum tempo depois, Yolanda, tentando de todas as maneiras ver como poderia ajudar Licurgo, lembrou-se de telefonar para Marilene, a quem achara uma pessoa ‘ extremamente solidária ‘, pois havia colocado em seu apartamento uma pessoa estranha, com o único intuito de ajudar. Yolanda contou-lhe a história de Licurgo e seus sonhos, e perguntou o que ela poderia fazer neste sentido.
Marilene lhe disse que infelizmente não poderia fazer nada, mas que tinha uma grande amiga, chamada Maria José ( Zezé ), que trabalhava na Siemens do Rio de janeiro, que talvez pudesse ajudá-lo. Deu-lhe o telefone de Zezé, a quem Yolanda procurou e foi muito bem recebida. Novamente Yolanda contou a história de Licurgo, e Zezé disse que faria de tudo para ajudá-lo em sua transferência para o Rio de Janeiro, através de contatos dentro da Empresa. Yolanda e Zezé ficaram amigas, e dentro de poucos meses Zezé conseguiu a tão sonhada transferência de Licurgo para o Rio de Janeiro. Yolanda ligou para a Bahia, dando-lhe a notícia! Licurgo mal podia acreditar que seu sonho estaria prestes a se realizar. Mas ainda havia outra etapa tão difícil quanto sua transferência a ser vencida: sua estadia. Aonde Licurgo moraria, se não tinha recursos próprios para alugar uma residência? Yolanda não pensou duas vezes: convidou Licurgo para morar junto com sua família, na Rua Valparaíso, Tijuca. Com ela, moravam: sua filha Débora, o namorado de sua filha, Emanoel, primo de Licurgo, e sua tia Maria Helena das Mercês Miranda ( tia de Licurgo ).
Licurgo finalmente veio morar no Rio de Janeiro, e ficou morando por quase 2 anos com a família. Próximo de sua prima Maria José, a quem tanto considerava e estimava, e de sua família, trabalhando e fazendo novos amigos, Licurgo já fazia planos para estudar arte e expor seus trabalhos. Yolanda finalmente apresentou-lhe ao artista plástico Carôllo, e pediu-lhe que intercedesse por Licurgo, impulsionando sua carreira.
Carôllo deu-lhe aulas de pintura, aprimorando suas técnicas, e, sob a supervisão do mestre Carôllo, pintou um lindo quadro, “ o Largo do Boticário “, que participou de uma exposição na Holanda.
Hoje faz parte do acervo particular de Yolanda.
Atendendo a um pedido de Yolanda, Edy Gomes Carôllo, seu cunhado, pediu ao seu amigo, o renomado artista plástico Mazza Francesco, que fazia parte da diretoria da SBBA – SOCIEDADE BRASILEIRA DE BELAS ARTES , que ajudasse Licurgo. Mazza conseguiu-lhe uma bolsa de estudos. Yolanda levou Licurgo à casa do artista Mazza Francesco, para apresentá-los. Licurgo iniciou seu curso, e por mais de dois anos estudou numa das melhores escolas de arte do Rio de Janeiro. Licurgo expunha seus trabalhos na SBBA, e foi aluno do professor Oziel, outro grande expoente da pintura. Paralelamente, continuava seu trabalho na Siemens, e pintava cada vez mais, participando de mostras individuais e coletivas. Suas obras foram expostas em vários estados do Brasil e também no exterior. Sua última exposição no exterior realizou-se em Lisboa, em 25 de outubro de 1996, no Centro Comercial Libersil.
Licurgo mudou-se para a Ilha de Paquetá em 1998, e sua residência, na Rua Tomaz Cerqueira, nº 80, transformou-se no espaço cultural “ LICURGO ARTES VISUAIS “, criado para divulgar trabalhos de artistas e artesãos de Paquetá e de outras localidades. Ele se integrou perfeitamente, e “ pôde achar o seu espaço lutando “, publicou o boletim informativo Licurgo Artes Visuais, com informações obtidas através dos moradores da Ilha de Paquetá. O boletim dizia também: “ Hoje, ele vive de artes, o grande amor de sua vida! Em torno dele, congrega cada vez mais pessoas de sensibilidade e cultura crescentes... em um país onde cultura é ainda um privilégio das elites.” Licurgo Artes Visuais não contava com o apoio cultural de nenhuma entidade, e sim com a ajuda dos visitantes e amigos.
A popular “ VARANDA DAS ARTES” tinha uma excelente aceitação dos visitantes e moradores da Ilha. “ Na verdade, Licurgo não vive das artes, e sim driblando com ARTE os percalços da vida. Criativo, perseverante, ele não recusa trabalho, até mesmo quando lhe é oferecido um pequeno ganho. Ele vive de pintar, ensinar, cantar, criar, plantar, cozinhar... Ele tem sido um guerreiro para sobreviver com dignidade. Do seu exemplo fica bem clara a importância de acreditar na força do trabalho inteligente”, disse sua amiga Mileyde, neste mesmo boletim. Licurgo foi acolhido também pelo Hotel Fragata, em Paquetá, que lhe reservou um espaço para que, todo final de semana, se realizasse a Feira do Cochicho, onde podia se encontrar obras de arte de diversos artistas, roupas antigas e acessórios diversos.
Licurgo faleceu em 28 de julho de 2006, vítima de um ataque cardíaco, no Centro do Rio de Janeiro. Licurgo virou uma estrela no céu de artistas justamente na cidade onde sonhara ser seu lar. Licurgo foi muito feliz no Rio de Janeiro, mas sua felicidade completou-se na Ilha de Paquetá, onde residiu por quase 10 anos. Seu corpo foi levado para lá, onde teve um funeral repleto de amigos, moradores locais e principalmente de sua família, que lhe prestaram homenagens, com orações, leituras, e salva de palmas.
A missa de 7º dia ocorreu na Igreja Bom Jesus do Monte, dia 04/08/2006. Sob forte emoção, todos seus amigos e entes queridos puderam render-lhe as últimas homenagens. Últimas? Jamais, Licurgo! Você será sempre o artista que passou por nossas vidas e ficou, de verdade, dentro de nossos corações! Você deixou conosco sua arte, seu amor retratado em telas, sua sensibilidade, que, com seus olhos de artista pode relatar a vida para nós com seus pincéis da verdade, da angústia, da esperança, da fraternidade... “ Nada morre quando permanece no coração da gente “, e você, Licurgo, permaneceu, você...PERMANECERÁ!!! Vá com Deus, Licurgo, pintar no céu azul o que você pintou tão bonito aqui na terra... E alegrar os anjinhos do Menino Jesus! PALAVRAS DE LICURGO: “ Reflito, em minha arte, o meu conceito do papel que o artista deve desempenhar na sociedade: mostrar toda a realidade nela existente, pois sou como uma espécie de observador. Registro, em minha obra, os acontecimentos da época em que vivo." Em correspondência ao que afirmo, o meu pincel desliza na temática da gente simples, sofrida, e de suas manifestações. “( Licurgo, Salvador, Julho de 1981 ).
Ele precisava trabalhar de dia, e não havia possibilidade, na época, de fazer a faculdade à noite. Ainda na adolescência, na escola, Licurgo se destacava nas atividades artísticas, desenhando as capas dos cadernos de férias de seus colegas. Autodidata, nunca fez nenhum curso de pintura enquanto morava na Bahia, tendo iniciado sua carreira por puro talento, vocação e sensibilidade artística.
Suas obras foram exibidas pela primeira vez em 1973, numa exposição coletiva. Licurgo não teve patrocínio de ninguém, contando apenas com seus próprios recursos e o apoio da família, sempre presente em suas exposições. Aos 20 anos, pintou o seu primeiro quadro, “ O Forte de Santa Maria “, em Salvador. Este quadro foi mandado para São Paulo, presenteando sua prima Maria José Miranda Rego, que ele considerava “ uma de suas grandes incentivadoras “, desde o início de sua carreira.
Em junho de 1982, foi contratado pela Siemens S/A, no cargo de Auxiliar Administrativo ( função que exerceu na empresa até setembro de 1995 ). O sonho de Licurgo era morar no Rio de Janeiro, porque achava a cidade bela, glamourosa, alegre, cativante. Licurgo queria ser famoso, queria expor seus quadros em grandes galerias, do Rio, do Brasil e do mundo. Em uma de suas vindas ao Rio de Janeiro, em dezembro de 1984, para visitar sua prima Zezé ( Maria José ), ele conheceu Débora Aromatis Machado, namorada do filho de sua prima, Emanoel. Logo ficaram amigos, e ela o hospedou em sua casa, em Copacabana, para que passasse alguns dias de férias e aproveitasse as belezas que a cidade maravilhosa poderia lhe proporcionar.
Débora, sobrinha do famoso artista plástico Edy Gomes Carôllo, apresentou-lhe então seus pais, Jandyr Fontoura Machado e Yolanda Aromatis Machado. Eles simpatizaram muito com Licurgo, e com seu entusiasmo em desenvolver sua arte. Prometeram que iriam ajudá-lo no que fosse possível, pois além de amantes da arte, eram pessoas extremamente generosas. Eles tinham planos de apresentá-lo a quem consideravam “ o mestre Carôllo “, para que este, pudesse impulsionar sua carreira. Em Janeiro de 1985, menos de um mês depois deste encontro, Jandyr Fontoura Machado veio a falecer prematuramente, aos 51 anos de idade.
Licurgo, consternado com a dor da família, escrevia e telefonava regularmente, para dar apoio à sua esposa e filha. Os meses foram passando, e Yolanda disse que iria ajudá-lo conforme havia prometido, pois também era um desejo de seu marido poder realizar o sonho deste artista de carreira tão promissora. E assim o fez. Destino, livre arbítrio ou mera casualidade? Talvez de tudo um pouco.
Aliada ao seu empenho em trazer para o Rio este jovem talento, Yolanda, mesmo com seu luto e sua tristeza constantes, nunca esquecera do amigo. Um dia, em visita à Maria José, prima de Licurgo, que morava em Botafogo ( aonde reside até hoje ), Yolanda sentiu-se mal, e amparou-se na porta do elevador do seu prédio. Uma moça muito simpática, chamada Marilene, ofereceu-lhe ajuda, convidando-a a subir em seu apartamento, naquele mesmo prédio, para que tomasse um copo d’água. Ela subiu, e, depois que sentiu-se melhor, conversou com a moça. Em meio a muitos assuntos, Marilene lhe deu seu telefone, e disse que Yolanda a procurasse se precisasse de qualquer coisa. Algum tempo depois, Yolanda, tentando de todas as maneiras ver como poderia ajudar Licurgo, lembrou-se de telefonar para Marilene, a quem achara uma pessoa ‘ extremamente solidária ‘, pois havia colocado em seu apartamento uma pessoa estranha, com o único intuito de ajudar. Yolanda contou-lhe a história de Licurgo e seus sonhos, e perguntou o que ela poderia fazer neste sentido.
Marilene lhe disse que infelizmente não poderia fazer nada, mas que tinha uma grande amiga, chamada Maria José ( Zezé ), que trabalhava na Siemens do Rio de janeiro, que talvez pudesse ajudá-lo. Deu-lhe o telefone de Zezé, a quem Yolanda procurou e foi muito bem recebida. Novamente Yolanda contou a história de Licurgo, e Zezé disse que faria de tudo para ajudá-lo em sua transferência para o Rio de Janeiro, através de contatos dentro da Empresa. Yolanda e Zezé ficaram amigas, e dentro de poucos meses Zezé conseguiu a tão sonhada transferência de Licurgo para o Rio de Janeiro. Yolanda ligou para a Bahia, dando-lhe a notícia! Licurgo mal podia acreditar que seu sonho estaria prestes a se realizar. Mas ainda havia outra etapa tão difícil quanto sua transferência a ser vencida: sua estadia. Aonde Licurgo moraria, se não tinha recursos próprios para alugar uma residência? Yolanda não pensou duas vezes: convidou Licurgo para morar junto com sua família, na Rua Valparaíso, Tijuca. Com ela, moravam: sua filha Débora, o namorado de sua filha, Emanoel, primo de Licurgo, e sua tia Maria Helena das Mercês Miranda ( tia de Licurgo ).
Licurgo finalmente veio morar no Rio de Janeiro, e ficou morando por quase 2 anos com a família. Próximo de sua prima Maria José, a quem tanto considerava e estimava, e de sua família, trabalhando e fazendo novos amigos, Licurgo já fazia planos para estudar arte e expor seus trabalhos. Yolanda finalmente apresentou-lhe ao artista plástico Carôllo, e pediu-lhe que intercedesse por Licurgo, impulsionando sua carreira.
Carôllo deu-lhe aulas de pintura, aprimorando suas técnicas, e, sob a supervisão do mestre Carôllo, pintou um lindo quadro, “ o Largo do Boticário “, que participou de uma exposição na Holanda.
Hoje faz parte do acervo particular de Yolanda.
Atendendo a um pedido de Yolanda, Edy Gomes Carôllo, seu cunhado, pediu ao seu amigo, o renomado artista plástico Mazza Francesco, que fazia parte da diretoria da SBBA – SOCIEDADE BRASILEIRA DE BELAS ARTES , que ajudasse Licurgo. Mazza conseguiu-lhe uma bolsa de estudos. Yolanda levou Licurgo à casa do artista Mazza Francesco, para apresentá-los. Licurgo iniciou seu curso, e por mais de dois anos estudou numa das melhores escolas de arte do Rio de Janeiro. Licurgo expunha seus trabalhos na SBBA, e foi aluno do professor Oziel, outro grande expoente da pintura. Paralelamente, continuava seu trabalho na Siemens, e pintava cada vez mais, participando de mostras individuais e coletivas. Suas obras foram expostas em vários estados do Brasil e também no exterior. Sua última exposição no exterior realizou-se em Lisboa, em 25 de outubro de 1996, no Centro Comercial Libersil.
Licurgo mudou-se para a Ilha de Paquetá em 1998, e sua residência, na Rua Tomaz Cerqueira, nº 80, transformou-se no espaço cultural “ LICURGO ARTES VISUAIS “, criado para divulgar trabalhos de artistas e artesãos de Paquetá e de outras localidades. Ele se integrou perfeitamente, e “ pôde achar o seu espaço lutando “, publicou o boletim informativo Licurgo Artes Visuais, com informações obtidas através dos moradores da Ilha de Paquetá. O boletim dizia também: “ Hoje, ele vive de artes, o grande amor de sua vida! Em torno dele, congrega cada vez mais pessoas de sensibilidade e cultura crescentes... em um país onde cultura é ainda um privilégio das elites.” Licurgo Artes Visuais não contava com o apoio cultural de nenhuma entidade, e sim com a ajuda dos visitantes e amigos.
A popular “ VARANDA DAS ARTES” tinha uma excelente aceitação dos visitantes e moradores da Ilha. “ Na verdade, Licurgo não vive das artes, e sim driblando com ARTE os percalços da vida. Criativo, perseverante, ele não recusa trabalho, até mesmo quando lhe é oferecido um pequeno ganho. Ele vive de pintar, ensinar, cantar, criar, plantar, cozinhar... Ele tem sido um guerreiro para sobreviver com dignidade. Do seu exemplo fica bem clara a importância de acreditar na força do trabalho inteligente”, disse sua amiga Mileyde, neste mesmo boletim. Licurgo foi acolhido também pelo Hotel Fragata, em Paquetá, que lhe reservou um espaço para que, todo final de semana, se realizasse a Feira do Cochicho, onde podia se encontrar obras de arte de diversos artistas, roupas antigas e acessórios diversos.
Licurgo faleceu em 28 de julho de 2006, vítima de um ataque cardíaco, no Centro do Rio de Janeiro. Licurgo virou uma estrela no céu de artistas justamente na cidade onde sonhara ser seu lar. Licurgo foi muito feliz no Rio de Janeiro, mas sua felicidade completou-se na Ilha de Paquetá, onde residiu por quase 10 anos. Seu corpo foi levado para lá, onde teve um funeral repleto de amigos, moradores locais e principalmente de sua família, que lhe prestaram homenagens, com orações, leituras, e salva de palmas.
A missa de 7º dia ocorreu na Igreja Bom Jesus do Monte, dia 04/08/2006. Sob forte emoção, todos seus amigos e entes queridos puderam render-lhe as últimas homenagens. Últimas? Jamais, Licurgo! Você será sempre o artista que passou por nossas vidas e ficou, de verdade, dentro de nossos corações! Você deixou conosco sua arte, seu amor retratado em telas, sua sensibilidade, que, com seus olhos de artista pode relatar a vida para nós com seus pincéis da verdade, da angústia, da esperança, da fraternidade... “ Nada morre quando permanece no coração da gente “, e você, Licurgo, permaneceu, você...PERMANECERÁ!!! Vá com Deus, Licurgo, pintar no céu azul o que você pintou tão bonito aqui na terra... E alegrar os anjinhos do Menino Jesus! PALAVRAS DE LICURGO: “ Reflito, em minha arte, o meu conceito do papel que o artista deve desempenhar na sociedade: mostrar toda a realidade nela existente, pois sou como uma espécie de observador. Registro, em minha obra, os acontecimentos da época em que vivo." Em correspondência ao que afirmo, o meu pincel desliza na temática da gente simples, sofrida, e de suas manifestações. “( Licurgo, Salvador, Julho de 1981 ).
DADOS BIBLIOGRÁFICOS
1973
Jornal da Telebahia
Jornal da Bahia
Jornal A Tarde
Jornal Tribuna da Bahia
1974
Jornal Tribuna da Bahia
Jornal da Bahia
Jornal A Tarde
1977/78
Jornal da Bahia
Arte do Nordeste hoje – Recife
1979
Correio da Bahia
Jornal da Bahia
Jornal Tribuna da Bahia
1980/84
Jornal A Tarde
Correio da Bahia
Jornal da Bahia
Jornal Tribuna da Bahia
1985
Correio da Bahia
A Gazeta – Espírito Santo
Jornal da Bahia
Jornal Tribuna da Bahia
1986/88
Jornal A Tarde
A Gazeta – Espírito Santo
Jornal O Globo
New Arts Leilões
Dicionário dos pintores do Brasil de João Medeiros – Rio de Janeiro
Artes Plásticas Brasil de Júlio Louzada – São Paulo
Informativo ARTEC – Rio de Janeiro
1989
Técnica de Paisagem de João Medeiros
Jornal A Tarde
Jornal Eventos – Rio de Janeiro
Fatos e Momentos – Equitel São Paulo
Tribuna da Bahia
Special – Rio de Janeiro
Artes Plásticas Brasil – Júlio Louzada – São Paulo
1990
Special – Rio de Janeiro
Jornal Correio da Bahia
Tribuna da Bahia
Jornal dos Sports – Rio de Janeiro
Jornal do Metrô – Rio de Janeiro
Jornal O Globo – Rio de Janeiro
1991
Revista Brasília – E. Victor Visconti – Distrito Federal
A. F. Aliança Francesa – Rio de Janeiro
Jornal O Globo – Rio de Janeiro
Special – Rio de Janeiro
Revista Programa – Jornal do Brasil – Rio de Janeiro
Tribuna da Bahia
Jornal O Dia – Rio de Janeiro
Jornal do Commercio – Rio de Janeiro
1992
Jornal O Globo
Jornal do Metrô
Jornal do Commercio – Rio de Janeiro
Artes Plásticas Brasil – Júlio Louzada – São Paulo
Special – Rio de Janeiro
1993
Guia Produção Cultural Cidade Do Rio De Janeiro
Tribuna da Bahia
Jornal A Tarde
Jornal O Fluminense
1994
Artes Plásticas Brasil – Júlio Louzada – São Paulo
Cercle Artistique Des Peintres Lunevillois – França
Les Affiches – Luneville – França
Fatos e Momentos – Equitel – São Paulo
Special – Rio de Janeiro
1995
Artes Plásticas Brasil – Júlio Louzada – São Paulo
Catálogo Brasileiro de Artes Plásticas – Ivanir Pineda
Sanches – SP
Jornal A Tarde
Jornal O Globo – RJ
Jornal Bahia Hoje
1996/97
Jornal A Tarde
Jornal Correio da Manhã – Lisboa
Guia Brasil – Embaixada do Brasil – Lisboa
Les Affiches – Luneville – França
Antologia " As Flores de Licurgo" – EUA
Diário de Notícias – Lisboa
O Beija Flor – Vitória – Espírito Santo
Jornal A Tarde
Photo Cube
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ATIVIDADES ARTÍSTICAS
1973
Crítico de Arte japonês adquire e leva seus trabalhos para o Japão.
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
1974
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
Pinturas adquiridas por crítico de arte Hans Lamm seguem para divulgação na Alemanha.
Criação de motivo para cartaz da VIII Jornada da Associação de Mulheres Médicas do Estado da Bahia.
Galeria Municipal da Prefeitura de Cabo Frio – RJ.
1975
I Salão de Arte da Souza Cruz – RJ
1977
Mostra Individual em Munique – Alemanha
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
Galeria O CAVALLETE – II Feira de Arte – Bahia
1978
I Encontro de Arte da Fundação Museu Cidade do Salvador – Bahia
II Exposição do ION – Bahia
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
Trabalhos adquiridos pelo crítico de arte Samuel Grimblat seguem para Argentina.
1979
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
35º Salão Paranaense de Arte – Paraná
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
Panorama Galeria de Arte – Bahia
Trabalhos adquiridos seguem para Suíça em Schweiz através do crítico de arte BODO.
Galeria de Arte Portas do Carmos vende trabalhos para New York.
Trabalho formativo de pintura – Instituto Social da Bahia – Bahia
Mostra de trabalhos sobre o Nordeste - Munique – Alemanha
Mostra Individual em benefício do ION – Cabana da Barra – Bahia
Leilão em benefício da Igreja de São Lourenço – Bahia
DESENBANCO – Trabalho formativo de pintura – Bahia
Associação Jornalística do Planalto – Brasília
Trabalho adquirido pelo Reverendíssimo Arishigue Matsumoto, da Igreja Messiânica de Salvador – Bahia.
I Semana de Arte da Igreja Messiânica de Salvador – Bahia
Igreja Messiânica de Salvador – Bahia
Exposição Cadastro – Museu de Arte Moderna da Bahia – Bahia
Festival de Arte de São Cristóvão – Sergipe
36º Salão Paranaense de Arte – Paraná
EXPO – Arte 79 – Bahia
1980
"É O Outro Lado Da Face" – GAB.Português de Leitura – Individual –
Bahia.
I Feira de Arte da Telebahia – Bahia
Placa de Ouro – Telebahia – Bahia
Galeria Carlos Barros – ICEA – Bahia
Lê Dome – Galeria de Arte – Bahia
"Mulheres Dão Vida" – Galeria de Arte Mauá – Bahia
Katya Galeria de Arte – Leilão – Bahia
I Salão de Arte ‘Semana da Asa’ – Rio de Janeiro
1981
Centro de Arte da Bahia – Bahia
"Licurgo, sua vida, sua arte" – Galeria Eucatexpo – Individual Brasília
1982
Extensão Cultural da Mulher – Individual – Bahia
I Salão Nacional Juan Batista Debret – UNAP – São Paulo
Medalha de Prata – Salão de Artes Plásticas Juan Batista Debret – UNAP – São Paulo
II Salão da Marinha – Panorama Galeria de Arte – Bahia
Medalha de Ouro – I Salão Nacional de Artes Plásticas Pablo Picasso – UNAP – São Paulo
1983
"Quem foi e quem é Licurgo" – Gabinete Português de Leitura -
Individual – Bahia
1984
"Licurgo Bahia e Arte" – Hotel Meridien Bahia – Individual - Bahia
"Licurgo, Vila Velha e Arte" – IV Seminário Nacional da Trova – Espírito Santo
"A Arte de Licurgo" – Museu Hansen Bahia – Individual – Cachoeira,
Bahia
Thomas W. Fathever adquire e leva seu trabalho para Berlim –
Alemanha
"Lirismo Saudade" – Museu Hansen Bahia – Homenagem à Amanda
Costa Pinto – Cachoeira – Bahia
Panorama Galeria de Arte – Bahia
Blanck D’Or – Bahia
1985
Chele G.S. Galeria de Arte – Rio de Janeiro
Galeria Europa – Rio de Janeiro
Itaigara Galeria de Arte – Bahia
"A Arte de Noelice e Licurgo" – Hotel Meridien – Bahia
" Vitória e a Arte de Licurgo" – Instituto Histórico Geográfico – Espírito
Santo
Trabalho segue para Benefício dos Pequenos Intelectuais de Vila
Velha através da Associação Cane a Verde Espirituasartense.
II Salão da Marinha – Panorama Galeria de Arte – Bahia
Menção Honrosa no III Salão da Marinha – Bahia
Uma obra passa a fazer parte da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo sob o nº 2745
Criação de capa da Antologia de Clério Borges e Santa Inézia – Edições Caravela – Rio Grande do Sul.
Antologia de Trovas – Rio Grande do Sul.
1986
XVI Salão Nacional de Artes Plásticas "Batista da Costa" – Petrópolis,
Rio de Janeiro
Ganha bolsa de estudos na Sociedade Brasileira de Belas Artes –
SBBA – Rio de Janeiro
Menção Honrosa IX Salão de Paisagem – SBBA
Menção Honrosa XXI Salão de Maio – SBBA
Menção Especial – II Salão Armando Vianna – A.A.P.P – Rio de Janeiro
Galeria da Caixa Econômica do Espírito Santo – Clube Trovadores Capixaba – Espírito Santo
Recebe Homenagem do Espaço de Arte Siemens – Salvador – Bahia
Salão Win Wanduk – ABRARTE – Petrópolis
1987
I Mostra de Arte Brasil - Holanda – Holanda
I Salão de Artes Plásticas de Angra dos Reis – Rio de Janeiro
Medalha de Prata no II Salão de Artes Plásticas
Medalha de Bronze Especial no XXII Salão de Maio – SBBA – Rio de Janeiro
BODO-HUSING HOGE compra trabalho – Zurique – Suíça
I Salão de Artes Plásticas da Base Aérea do Rio de Janeiro – RJ
Mostra Individual no Colégio Maria Ortiz – VII Seminário de Trova – Clube dos Trovadores Capixabas – Rio de Janeiro
Recebe Honra ao Mérito – Medalha do Clube dos Trovadores Capixabas no VII Seminário Nacional de Trova
Exposição Brasil – Holanda – Amsterdam
Exposição Rio Othon Palace – Rio de Janeiro
TROCARTE – Museu do Forte de Copacabana – Rio de Janeiro
Exposição Brasil – Holanda – Amsterdam
1988
VII Salão Maçônico de Artes Plásticas – Rio de Janeiro
I Expo Sul Mineira de Artes – Itajubá – Minas Gerais
Salão de Arte do Museu do Telefone – Rio de Janeiro
Bienal Internacional da Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais – Rio de Janeiro
I Salão de Arte do Shopping Cassino Atlântico – Rio de Janeiro
Mostra da Sociedade Pestalozzi do Brasil – Shopping Rio Sul – Rio de Janeiro
II Salão de Artes Plásticas da ADESG – Rio de Janeiro
Mostra Individual no Clube dos Trovadores Capixabas – Espírito Santo
XV Exposição CAEB – Arte Expo Brasil Exterior – Hotel Nacional – Rio de Janeiro
II Encontro Nacional de Artes Plásticas – Trocarte – Rio de Janeiro
Clube dos Caiçaras – Rio de Janeiro
II Salão de Artes Plásticas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – Rio de Janeiro
1989
IV Mostra de Pintores – Museu do Telefone – Rio de Janeiro
II Salão Brasileiro de Artes Plásticas – Academia Brasileira de Belas Artes – Rio de Janeiro
IV Salão de Artes Plásticas da Asdeg – Rio de Janeiro
Espace Laser – França – Paris
Mostra de Artes Plásticas em Búzios – Rio de Janeiro
I Salão de Artes Plásticas do Clube dos Sub Oficiais da Aeronáutica do Rio de Janeiro
Exposição Permanente do Acervo da Carteira de Comércio Exterior – CACEX – Banco do Brasil – Agência Senador Dantas – Centro – Rio de Janeiro
I Salão de Artes Plásticas de Rezende – Rezende – Rio de Janeiro
Mostra no Leme Palace Hotel – CAEB – Rio de Janeiro
Ilustração da capa do livro do Prof. Clério José Borges – Espírito Santo
1990
Ilustração da contracapa do livro "Homem Pureza", da poeta Aurival –
dina de Carvalho Padilha Gleyser – Bahia
L’Association Artistic et Culturalle – Art et Vie – Limogas – França
Casa da Espanha – CAEB – Rio de Janeiro
Exposição Casa de Cultura Angra dos Reis – Rio de Janeiro
Hotel Leme Palace – CAEB – Rio de Janeiro
1991
Licurgo e Ubiratan Lima Aliança Francesa da Tijuca Rio de Janeiro
Leilão Sociedade "VIVA CAZUZA" – Paulo Brame – Rio de Janeiro
Exposição Morro Azul – Rio de Janeiro
Clube Naval – Rio de Janeiro
Mostra na ANIBUS – Centro de Estudos Holísticos – Rio de Janeiro
1992
"A Arte de Licurgo no Rio" – Individual – Iate Clube do Rio de Janeiro
1993
"Mulheres dão Vida" – Individual – Iate Clube do Rio de Janeiro
Quinzena de Arte Licurgo – Centro Cultural Brasileiro – Siemens – RJ
1994
Envio de desenho – Guache – para o Museu do Louvre – Paris
Salon D’automne International de Luneville – Nancy – França
Tratoria Don Rafaello – Rio de Janeiro
Special Art Gallery – Rio de Janeiro
1995
"A Arte de Nadir Marques e Licurgo" – Iate Clube do Rio de Janeiro
Mostra no Hotel Novo Mundo – CAEB – Rio de Janeiro
"A Bahia e o Rio A Ilumin’Arte" – Individual – Clube dos Caiçaras – Rio de Janeiro
Salon D’automne International de Luneville – Nancy – França
International Mail Art Show – Bluffton College – EUA
1996
Fundação Barceló – Espanha
Galeria Parlatório – Portugal
Restaurante "Os Galos" – Individual – Portugal
Antologia "As Flores de Licurgo" – W.I.A . Association – EUA.
O quadro "Forte Santa Marta" /Cascais" é roubado em dia de exposição – A Arte de Licurgo em Portugal.
"O Espaço Cabo Verde e Licurgo" – Individual – Lisboa
1997
"Lisboa Licurgo e Artes" – Individual – Galeria do Borratem – Hotel
Lisboa Tejo – Lisboa
Galeria Parlatório – Portugal
Família Suíça adquire e leva seu trabalho para a Suíça.
"A Arte de Licurgo em Portugal" – Individual no Centro Comercial Libersil – Lisboa.
1998
Espaço Cultural do Banco Real – Jardim Botânico – Rio de Janeiro
"Arte de Licurgo em Paquetá" – Varanda das Artes – Paquetá – RJ
Semana de Arte Licurgo – Espaço Cultural Siemens – Rio de Janeiro
"Arte no Inverno de Paquetá" – Varanda das Artes – Paquetá – RJ.